Cartas da Corte - Outra perspectiva!

As Cartas da Corte

De entre as 78 cartas do tarot, as cartas da corte são aquelas com que a maioria das pessoas se sente menos à vontade. Quando surgem numa leitura, por vezes, fica difícil de perceber se se referem a nós, a outras pessoas, se é uma energia do momento…

Existem várias formas de abordagem destas cartas numa leitura e todas elas estão corretas para o intérprete que as utiliza. Como eu gosto de trabalhar com analogias, muitas vezes vejo estas cartas como os diferentes estágios de desenvolvimento duma planta:

Os valetes simbolizam uma semente que começa a germinar. Não sabe ainda o que lhe espera, mas há todo um potencial de desenvolvimento, uma força que impele a que cresça e se adapte ao seu meio ambiente.

Os cavaleiros simbolizam a planta jovem, cheia de vigor, cada vez mais forte e com mais vontade de crescer em direção ao céu.

As rainhas e os reis fazem parte da planta já madura, os elementos reprodutores que têm a capacidade de gerar novas plantas. A rainha, receptora, com toda a capacidade de gerar um novo ser e o rei com a energia necessária para fertilizar e transmitir o seu material genético à geração seguinte (isto num sentido metafórico).

A cada um destes estágios podemos atribuir um diferente elemento: os valetes correspondem ao elemento Terra (o potencial de crescimento), os cavaleiros com o elemento Ar (o desenvolvimento), as rainhas com o elemento Água (o vaso receptor) e os reis com o elemento fogo (o fogo da criação).

A forma como cada um desempenha o seu papel é indicado pelo elemento correspondente ao seu naipe. Assim, o valete de paus (terra do fogo) mostra o potencial para descobrir novos mundos, sem medos, com um enorme desejo de aventura; o cavaleiro de copas (ar da água) que faz por desenvolver aquilo que o emociona, avança guiado pelo amor, a rainha de ouros (água da terra) que contribui para a manutenção do conforto, do alimento, do bem-estar; e o rei de espadas (fogo do ar) que cria as condições para que novas ideias se expressem, comunica, ensina o seu modelo aos outros.

(estes são apenas alguns exemplos, podemos expandir ainda muito mais os atributos de cada uma das 16 cartas da corte.

Como todos nós assumimos estes diferentes estágios no dia-a-dia, em diferentes situações, proponho este exercício de autoanálise para perceberem que papel estão assumir nestas diferentes situações. Quando conseguimos ver que somos cada uma destas 16 cartas, mais simples fica de as compreender numa tiragem.

Retirem as cartas da corte do vosso baralho, embaralhem e depois retirem uma carta aleatória para cada uma das posições. De que forma agem nestas diferentes situações?